domingo, 22 de fevereiro de 2015

A simbologia do vento..

O vento devido a sua natureza agitada é um símbolo de vaidade, instabilidade e de inconstância. Mitologicamente é uma força elementar que pertence aos Titãs,representativa da sua violência e da sua cegueira. Para os gregos representavam divindades turbulentas e inquietas, contidas nas profundas cavernas das Ilhas Eólias, comandados por EOLO.

Por outro lado, simboliza também o sopro e o influxo espiritual de origem celeste. Os ventos são também considerados mensageiros divinos e por vezes até representantes do próprio Espírito de Deus. Nas tradições bíblicas são o sopro de Deus ordenando o caos primitivo e também animando o primeiro homem; aparecem comumente como instrumentos da força divina: dão vida, castigam, são mensageiros, dão coragem, ensinam, etc.

No hinduísmo, Vayu é o sopro cósmico, intermediário entre o Céu e a Terra.

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Os quatro ventos também foram relacionados às estações, aos elementos, aos cardeais, etc.
Eles são: 
. Bóreas(N), o vento norte, frio e violento; 
. Zéfiro (O), o vento oeste, suave e agradável; para os romanos, Favonio; 
. Euro(L), o vento leste,criador de tempestades; 
. Noto(S), o vento sul, quente e formador de nuvens. 

OS VENTOS CONDICIONAM A NOSSA VIDA.
Os Ventos do Leste na primavera desafiam a sair, depois de muito tempo recolhidos, durante os meses de inverno. Os Ventos do Sul no verão convidam a passar mais tempo fora, para gozar o sol quente do verão, quando tudo no mundo natural floresce e exala fragância.  Os Ventos do Oeste chegam com o outono, é o tempo de crescimento, onde as coisas chegam à maturidade. É tempo de colheita, onde somos compensados pelo nosso trabalho. O frio vento do Norte, no inverno purifica e limpa a Terra e obriga as pessoas a ficarem quietas, para manter calor, renovar.

OS VENTOS TAMBÉM ESTÃO ASSOCIADOS ÀS FASES DO DIA.
O Leste com a madrugada e o nascer do Sol, o Sul com o meio-dia e o Sol alto, o Oeste com o crepúsculo, e o Norte com a meia-noite, o descanso.



Hoje estivemos ao sabor do vento em territorio Olissipo romano (onde tirámos esta foto), famoso porque as suas éguas concebiam do vento 'Favonius'. Assim se referia Plínio-o-Velho, nos meados do século I d.C. a este mito. O mito era sobre as éguas das proximidades do cabo da Roca e do Rio Tejo que quando se voltavam para o Oceano eram fecundadas pelo vento de Oeste 'reconhecidamente quente e vivificador' (o Favonius romano ou o Zephyrus grego). Os potros nascidos desta "concepção milagrosa" eram velozes como o vento mas, em contrapartida, tinham uma vida muito curta. Este mito vinha, apenas, explicar a reconhecida agilidade e velocidade dos cavalos lusitanos.

Hoje rebolámos e viajámos com o vento !!!!!

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Escolher viver num moinho

Acreditem ou não hoje andámos por São João das Lampas à procura de moinhos em ruinas. Há muitos! Mas segundo soubemos não são vendidos nem restaurados porque sofrem de problemas de partilhas de herdeiros. Ou falta de interesse dos donos.

Embora já não haja interesse no uso para o qual foram concebidos, achamos que moinhos podem ser uma boa solução de habitação economica pelo seu tamanho e pela sua sustentabilidae eólica.

Se pensarmos bem, os moinhos têm sempre uma vista linda porque estrategicamente têm que ser colocados em pontos altos ou pontos arejados, depois são muito acolhedores e podem ser bem romanticos, se tivermos em conta que terá que haver um aproveitamento de espaço que com uma decoração bem pensada pode fazer dum moinho um verdadeiro ninho de amor.

Assim, aqui fica a informação que recolhemos:

Os moinhos são hoje considerados património por serem um testemunho vivo dos processos de moagem de outrora e pela sua característica arquitectónica e .. o nosso país possui,possivelmente, o maior número de moinhos de vento a nível mundial.

Há a indicação que começaram a ser construídos, provavelmente, na Pérsia, tendo sido aproveitados pelos árabes e trazidos para a Europa pelos cruzados nos séculos XI. Em Portugal, a primeira referência histórica à sua existência data do século XIV.

Situam-se, geralmente, em pontos altos, cumes ou flancos de elevações de pequena altitude, ou em terrenos planos e abertos, de modo a ficarem sujeitos aos ventos, a cujo quadrante se adaptam por meio do seu sistema rotativo.

Na generalidade dos casos são cónicos.
Têm rés-do-chão, geralmente térreo, ladrilhado ou eventualmente de lousa, e um piso, raramente atingindo 5 metros.
É possível encontrar moinhos de 7 a 8 metros de altura que, ou são recentes, ou esse acréscimo foi feito a um moinho já antigo.
No geral têm apenas uma porta virada ao lado oposto ao do quadrante do vento dominante para o qual se volta o velado. Podem ter mais de uma janela, sendo que a maior fica sempre por cima da porta, as restantes ficam logo por baixo do capeado que faz de frechal; e no sotão, apenas têm janelas os moinhos mais altos.
Dado que o espaço útil dentro dum moinho é muito reduzido, é frequente encontrar armários escavados na parede - pilheiras, bem como a escada frequentemente assente sobre um arco.

Agora é só sonhar com o seu e levar a água ao seu moinho :)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A propósito do dia dos namorados.. O cupido Eros e o seu amor por Psique



Eros, na mitologia grega, era o deus do amor, um deus primordial, que posteriormente foi considerado um deus olímpico. Os romanos chamavam-no de Cupido. É descrito como um jovem muito bonito e irressistível, levando as pessoas a ignorar o bom senso.Eros casou-se com Psique e tiveram um filho, Hedone(prazer).
 
Uma historia de amor entre uma mortal e um deus.
 
Um dos Anjos mais conhecidos entre as lendas da humanidade é Eros ou Cupido. Algumas vezes representado por uma criança, outras por um rapaz. Mas a sua representação maior está no seu simbolismo. E a Eros está ligada Psique (a Alma), que em sua lenda nos traz a imagem da união do amor e nossa alma.
 
Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psique se casaram. Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psique buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psique com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la. Mesmo sentindo-se tristes pelo destino da filha, seus pais seguiram as intrusões recebidas.
 
Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e a depositou no fundo de um vale. Exausta, Psiquê adormeceu. Quando acordou, viu-se num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele disse-lhe de que seria o melhor dos maridos, mas que ela jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre.
 
Até que um dia a curiosidade tomou conta de seu coração. Chegada a noite, ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo. No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor. Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo.
 
Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo. Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono. Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles. E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A maldição na Sexta Feira 13


Um dos caminhos de maior importância, senão o mais importante, era justamente aquele que conduzia os peregrinos à Terra Santa, ou seja, Jerusalém. Esse caminho, contudo, não era seguro, então nove Cavaleiros, liderados por Hughes de Payens reuniam-se para prestar este nobre serviço ao reino cristão e fundaram a Ordem dos Cavaleiros de Cristo com o tríplice voto de Castidade, Pobreza e Obediência, dedicando suas vidas à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de Cristo.

O então novo Rei de Jerusalém, Balduíno II, a título de reconhecimento e confiança, cedeu-lhes terras e o Templo de Salomão para que servisse de base. Assim os "Pobres Cavaleiros de Jesus Cristo" passaram a chamar-se de "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou simplesmente, "Cavaleiros Templários" e, assim nasceu a "Ordem do Templo", cuja denominação completa era: "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
Conta uma lenda, que os Cavaleiros Templários, teriam encontrado no Templo de Salomão, documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo essa lenda, um destes tesouros seria o próprio cálice onde fora recolhido o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que fora usado na última ceia: O Santo Graal . 

A Ordem do Templo, tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico. A Ordem ia crescendo, tanto política como economicamente. Estavam directamente sob a autoridade papal, e, portanto, sem responsabilidade para qualquer Rei. Passaram a possuir terras, castelos e muito dinheiro. Tamanha se tornara a sua força que mesmo Reis e Príncipes passariam a confiar toda fortuna que possuíam à sua guarda. 

As derrotas do exército cristão, no oriente, cessava a era das grandes cruzadas. Não havia mais terras santas e como tal deixou de haver necessidade da principal função da Ordem: a proteção dos peregrinos. 

Filipe IV, cognominado Filipe o Belo, rei de França que tentara fazer parte da Ordem do Templo, e fora lhe negado. Pede a Clemente V que extinga a Ordem. Era a dissolução da Ordem dos Templários e Clemente V seria o instrumento de Felipe, o Belo. Assim, numa SEXTA FEIRA 13 de outubro de 1307, Jacques de Molay e cerca de cinco mil Templários, quase todos aqueles existentes na França, foram encarcerados. As acusações mostravam as mais diversas heresias, a maioria destas processos movidos pela Santa Inquisição. O processo de inquisição contra os Templários culminou quando o último líder dos Templários, Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay, foram arrastados à morte na fogueira da Santa Inquisição. A lenda diz que, em meio as chamas, pouco antes de morrer, ouviu-se a voz de Jacques de Molay, o último Grão Mestre Templário, amaldiçoando o rei e o Papa. 

O rei Filipe tentou apoderar-se dos tesouros dos templários, no entanto quando os seus homens chegaram ao porto, a frota templária já tinha partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota terão sido Portugal, onde os templários seriam protegidos; Inglaterra, onde se refugiaram por algum tempo, e Escócia onde também puderam permanecer com bastante segurança. berço da Maçonaria. 

Após a aniquilação dos Templários na maior parte da Europa, a Ordem continuou em Portugal, como a Ordem de Cristo, criada por D.Dinis.